PROTOCOLO PARA DETECÇÃO PRECOCE DE DETERIORAÇÃO CLÍNICA EM UMA UNIDADE DE CLÍNICA MÉDICA: pesquisa convergente- assistencial
Autor: Marhesca Carolyne de Miranda Barros Gomes (Currículo Lattes)
Resumo
GOMES, Marhesca Carolyne de Miranda Barros. Construção de um protocolo de deterioração clínica em uma unidade de clínica médica. 2024. 116f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Escola de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, 2024. Este estudo visou a construção coletiva de um protocolo de avaliação de deterioração clínica dos pacientes adultos em uma Unidade de Clínica Médica de um Hospital Universitário do Sul do Brasil. Além disso, analisar as dificuldades e potencialidades vivenciadas pelos enfermeiros durante a identificação da deterioração clínica e verificar o perfil dos enfermeiros atuantes na unidade de estudo. Trata-se de uma Pesquisa Convergente Assistencial realizada em 2023 com 16 enfermeiros atuantes na unidade investigada. Como critério de inclusão adotou-se o tempo de atuação mínimo de um mês na unidade e foram excluídos os (as) enfermeiros (as) de férias ou licença. Obteve-se a aprovação do Comitê de Ética, mediante parecer nº 5.829.209. As técnicas para produção de dados foram entrevistas, observação participante e grupos de convergência para mapeamento do processo, levantamento do conhecimento dos participantes sobre a temática de deterioração clínica, importância de um protocolo na unidade e apontamento dos "nós críticos" na identificação de complicações clínicas dos pacientes que afetam a assistência de enfermagem. Os resultados dessa pesquisa identificaram as potencialidades e dificuldades enfrentadas pelos enfermeiros durante a avaliação da deterioração clínica e a elaboração do protocolo de avaliação da deterioração clínica para pacientes adultos de uma unidade de clínica médica, sendo esse um produto de tecnologia educacional. Dentre as potencialidades, emergiram a comunicação efetiva, trabalho em equipe, o uso de instrumento para passagem de plantão e capacidade de análise dos enfermeiros das alterações clínicas de gravidade dos pacientes. As dificuldades apresentadas foram ausência de protocolo assistencial no setor, suporte logístico e espaço físico da unidade, perfil diversificado dos pacientes internados, rotatividade da equipe, desorganização da equipe no início do plantão, inexperiência profissional, falhas de comunicação entre a equipe multiprofissional, insatisfação e desmotivação profissional. Esta pesquisa propiciou discussões e reflexões pelos enfermeiros acerca do seu espaço assistencial, no contexto da identificação das potencialidades e dificuldades dos sinais de gravidade dos pacientes internados em uma unidade de clínica médica. Deste modo, o protocolo de deterioração clínica foi elaborado como estratégia para respaldo da equipe e qualificação da segurança dos pacientes.