Tese - Bianca Rocha Alves

Diagnóstico do empreendedorismo feminino na área da enfermagem : perspectivas na formação e profissão

Autor: Bianca Rocha Alves (Currículo Lattes)

Resumo

ALVES, Bianca Rocha. Diagnóstico do empreendedorismo feminino na área da enfermagem: perspectivas na formação e profissão. 2024. 110 folhas. Tese (Doutorado em Enfermagem) - Escola de Enfermagem, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Universidade Federal do Rio Grande, Rio Empreender, significa a possibilidade de criar ou transformar algo de forma a solucionar alguma carência da sociedade, trazendo qualidade para a mesma, agregando valor a isso. Com a crescente busca por maior flexibilização de horários e independência econômica, muitas enfermeiras passaram a investir em empreendimentos em saúde. Apesar do termo ter seu surgimento no século passado, a área de empreendedorismo em saúde está em constante crescimento. O estudo defendeu a tese de que o empreendedorismo feminino na enfermagem surge como oportunidade de inovação aos serviços prestados pela ciência do cuidado, responsável no cenário de saúde pela expansibilidade e visibilidade da profissão e novo direcionamento dos processos de enfermagem. A tese teve como objetivo geral compreender o panorama brasileiro acerca do empreendedorismo feminino em enfermagem e como objetivos específicos: traçar as principais características de empreendedoras em enfermagem no Brasil, constatar a relação entre a formação acadêmica e a tendência empreendedora das enfermeiras empreendedoras e identificar as facilidades e dificuldades das empreendedoras na área da enfermagem. O público-alvo foram mulheres empreendedoras em enfermagem no Brasil, considerando-se como critério de inclusão: profissionais graduadas em enfermagem que possuem empreendimentos na área da enfermagem nas cinco regiões do país. Foram excluídas as profissionais que não empreendam em enfermagem, e que embora enfermeiras e empreendedoras, não empreendessem na área. A coleta de dados ocorreu entre os meses de agosto a outubro de 2023, somente após aprovação do Comitê de Ética, por meio de entrevistas semiestruturadas, contendo questões sociodemográficas e específicas da temática. As mesmas foram aplicadas por intermédio de uma plataforma online de web conferência. Os contatos foram feitos por meio da rede social Instagram, justificando sua utilização como o meio de maior divulgação do empreendedorismo feminino em enfermagem. As entrevistas foram aplicadas às profissionais e foram encaminhados os Termos de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram entrevistadas 30 empreendedoras. A coleta foi realizada pela própria pesquisadora, por meio de Google Meet, seguindo roteiro semiestruturado, em data previamente agendada com as participantes. Os dados foram analisados a partir da análise textual discursiva, com auxílio do software IRAMUTEQ, por meio da organização e separação das informações, conferindo agilidade ao processo de codificação de dados. No que se refere às características sociodemográficas das empreendedoras, vislumbrou-se que as mesmas possuem entre 31 a 35 anos e as regiões que mais empreendem no país são o sudeste, sul e nordeste. As participantes consideram como características fundamentais para a uma enfermeira empreendedora a ousadia, a coragem, o não ter medo de se expor e a criatividade. identificou-se com a presente pesquisa que as empreendedoras elencaram como facilidades a flexibilidade de horários, a oportunidade de estar próximas da família e o uso das redes sociais como fatores que facilitam o empreendedorismo na enfermagem. Entre as dificuldades elencaram o preconceito sofrido com a classe e com o gênero, sentimentos de desvalorização da classe, bem como o medo de iniciar a empreender. As participantes citaram a burocratização, a falta de capacitação para gestão e campos ainda pouco explorados pela enfermagem como desafios na área. A tese foi confirmada por meio de três artigos e pelas evidências que foram trazidas no presente estudo.

TEXTO COMPLETO DA TESE

Palavras-chave: EmpreendedorismoEnfermagemMulheres trabalhadorasRedes sociaisInovações tecnológicas